quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A maresia da minha alma






















E por cá ando eu ,
desalinhada na vida!
Procuro o que mais me satisfaz...
Mas, nem tudo me alegra, nem tudo me contém.
Tento por tudo
Sorrir e acreditar, mas nem tudo me agrada!

Serei eu a mais inconstante
a mais inconsolável pessoa existente?

Já desejei o impensável,
aquele sabor amargo que nos adoça as mentes.

Mas enfim,
soltei-o cedo demais.

Esperei, desesperei
cansei de espreitar,
a lua continua linda
e continua a suavizar o meu interior...
Revejo-me ao espelho,
naqueles dias sem fim,
procuro novos defeitos
para me combater num novo dia.


Espreito por detrás da múltidão
que vagueia pelas ruas da praia,
tento encontrar-me mas,
estarei sem forças para me encontrar?
Ou estarei tão insignificante assim
que já nem eu me vejo?

Aquele cheiro ao mar...
Maresia.....
enche-me a alma de recordações.
Alegres!

Soltas!
Livres!

Tento ir ao seu encontro,
e desço até á praia
não sei bem o que procuro,
mas, sei que vou encontrar.

Arranho a areia, limpa e branca,
e a lua
reflecte os seus lindos raios lunares
e por momentos , faza sua magia...

Sim,
já encontrei o que queria!
As minhas estrelas,
aquelas que tinha perdido quando deixei de ser criança!


As estrelas que a minha mãe me oferecia.
Pelos belos passeios á beira-mar
já noite cerrada,
e a lua cheia de orgulho oferecia-nos a luz necessária
para que ao tocar-mos na areia molhada de praia
as suas belas e maravilhosas estrelas revelassem o seu brilho.


Agora lembro-me
quando pequena
as idas ao mar
pela noite dentro
a maresia envolvia os pensamentos
e as estrelas desciam para nos fazer acreditar!